Somos uma Empresa que inicialmente começamos a trabalhar com projeto de automação, em 1996 na Siderurgia, inicialmente na Mannesmann, depois passamos para as empresas do grupo Siderbrás, que foi criada em setembro de 1973 para controlar e coordenar a produção de aço no Brasil e com o fim e as Privatizações dessas Empresas estatais no setor siderúrgico, passamos a trabalhar com a automatização para as Empresas do Grupo da Telebras, em projetos de Telefonia e estudo de demanda para implantação plano de expansão telefônico das empresas, novamente com o fim dessas, passamos a trabalhar com Empresas de Saneamentos com a nossa experiência anterior e tudo começou em 1979 com a Copasa, empresas de Saneamento de Minas Gerais, nessa época que começou a trabalhar com a ferramenta AutoCAD.
O uso de técnicas de CAD (Computer Aided Design – Projeto Assistido por Computador) expandiu-se rapidamente nos últimos anos, sendo hoje uma prática comum para a produção de documentação gráfica de projetos.
Em consequência disto, a necessidade de transferência de informações em forma digital, não apenas de desenhos em papel, entre os agentes responsáveis pelas diversas disciplinas envolvidas no projeto, tornou-se de vital importância. Em contraste com os modelos, formatos e símbolos, os quais são mais ou menos padronizados na maioria dos países, as técnicas de gerenciamento de dados em forma digital estavam ainda em seus primórdios.
A falta de padronização neste campo, gera maior dispêndio de esforços por parte dos órgão receptores na equalização dos arquivos de desenho, do que na própria análise do projeto em si, demonstrando um sintoma claro da necessidade da existência de normas e diretrizes que fixem a estrutura dos dados a serem gerenciados num projeto integrado, gerado via CAD.
O presente trabalho apresenta as normas estabelecidas para Copasa para a apresentação de cadastros técnicos via CAD, visando tanto sua utilização interna quanto a recepção de trabalhos contratados de terceiros, possibilitando assim a homogeneidade requerida para a perfeita integração inter-disciplinar exigida pelos projetos por ela gerenciados.
Histórico e Experiência Internacional A preocupação com a padronização para a produção de projetos multidisciplinares empregando tecnologia CAD já existe há algum tempo a nível internacional, podendo ser destacados dois aspectos de abordagem do problema: soluções internas e soluções propostas por organismos nacionais e internacionais.
Soluções Internas seriam aquelas desenvolvidas internamente em uma companhia ou órgão, levando em conta somente os aspectos relacionados ao seu dia-a-dia, sem o envolvimento de questões relativas ao intercâmbio entre agentes externos. Diversos exemplos podem ser citados, como as grandes montadoras de automóveis e órgão governamentais de diversos níveis, tais como departamentos do Estado da Califórnia e a prefeitura de Seatile, nos EUA.
Nessa época a Copasa, nos contratou para digitalizar os desenhos, mais a nossa opinião, digitalizar por digitalizar é preferido ficar no papel, pois com esse tínhamos controle e dentro do computador não tinha como controlar, e usaria o computador para substituir a prancheta, que várias empresa utilizaram e muitas outras utilizam ate hoje, coisa que não seria eficaz, pois cada desenhista ia trabalhar da sua maneira, e cada um teria o seu desenho, falamos que teria que criar alguma coisa para controle dos desenhos.
É interessante notar que o desenvolvimento de uma norma para o gerenciamento de layers e verificação de desenhos demonstra um compromisso com a padronização e a eficiência em projetos de desenhos técnicos. Além disso criamos as rotinas que pudesse trabalhar Intellicad 2000, pois nessa época poderia baixa o código fonte e não teria custo para programa de CAD e a criação de normas pode trazer vários benefícios, como:
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Padronização: Estabelecer normas ajuda a garantir que todos os membros da equipe usem uma abordagem consistente na criação e gerenciamento de layers, o que facilita a compreensão e colaboração entre diferentes projetos e equipes.
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Eficiência: Normas bem definidas podem melhorar a eficiência operacional, reduzindo o tempo gasto na resolução de discrepâncias ou na adaptação a diferentes estilos de desenho.
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Controle de Qualidade: A implementação de rotinas de verificação de desenhos contribui para um maior controle de qualidade, minimizando erros e garantindo que os desenhos atendam aos requisitos estabelecidos.
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Colaboração Interempresarial: Ao desenvolver uma norma de domínio público, sua empresa está promovendo a possibilidade de colaboração mais ampla, permitindo que outras empresas adotem as mesmas práticas e, assim, facilitem a interoperabilidade e a comunicação.
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Facilidade de Transição: Se as empresas precisarem compartilhar projetos ou se houver transição de membros da equipe, as normas estabelecidas podem facilitar a adaptação e a continuidade dos projetos.
Essa abordagem de padronização e normatização reflete uma visão estratégica para melhorar a eficiência e a qualidade nos processos de desenho técnico, beneficiando não apenas a sua empresa, mas também outras que adotem as mesmas práticas.
Criamos uma Normas de desenhos Técnicos para Saneamento
LMGR – Gerenciador de Layer´s
DARQ – Nomenclaratura de Arquivos
VDWG – Verificador de Desenho.
A solução adotada prevê uma solução híbrida, ou seja, um modelo interno de padronização baseado nos princípios que norteiam as soluções internacionais, em particular na norma ISO 13657. Neste texto, restrito ao contexto que abrange os cadastros técnicos. Esta solução porém é bem mais abrangente, envolvendo todos os aspectos do desenvolvimento de um projeto multi-disciplinar. A Norma deve contemplar todas as etapas do desenvolvimento dos trabalhos, estabelecendo formas únicas de produção, envio e recepção de projetos em meio digital.
Procedimentos de Produção Os princípios para definição de produção podem ser classificados quanto aos seguintes aspectos:
Ambiente Operacional: |
definição do hardware, sistema operacional e software a ser utilizado. Inclui ainda a estrutura o sistema de arquivos. |
Nomenclatura: |
definição da especificação de todos os elementos referenciados por nomes, incluindo diretórios, arquivos, layers, blocos, estilos de texto e estilos de dimensionamento texto e estilos de dimensionamento. |
Elementos Gráficos |
definição de padrões para formatação de desenhos, traçado, inscrição de textos, convenção de linhas, cores e plotagem. |
Elementos Não-Gráficos: |
definição dos elementos não-gráficos, isto é, dados complementares às informações gráficas contidas no desenho. Inclui especificações, códigos e link com bases de dados externas |
Procedimentos de Envio e Recebimento
Os princípios para definição de envio e recebimento podem ser classificados quanto aos seguintes aspectos:
Processo de Envio: |
definição dos procedimentos a serem seguidos para o envio à Empresa de projetos em meio digital por parte das firmas contratadas. |
Processo de Recebimento: |
definição dos procedimentos a serem seguidos pela Empresa para o recebimento, análise e aceitação dos projetos enviados em meio digital pelas firmas contratadas. |
Ambiente Operacional
Ambiente Operacional significa o conjunto composto pelo hardware, sistema operacional e software específico para o desenvolvimento de uma determinada tarefa. Estes elementos formam a denominada plataforma de trabalho.
Para a definição de uma plataforma de trabalho, algumas regras são básicas:
adequação às tarefas
relação custo/benefício
base instalada (facilidade de suporte)
confiabilidade
estabilidade
continuidade / upgrade
padrão de mercado
Uma “regra de ouro” para a definição da plataforma de trabalho – como aliás para qualquer outro assunto relacionado a informática – pode ser dada em palavras simples: “fique com a maioria”.
Com a chegada do QGIS trouxe uma mudança significativa, especialmente em relação à interoperabilidade e à capacidade de trabalhar com bancos de dados geoespaciais. O QGIS é conhecido por sua capacidade de lidar com diferentes formatos de dados, incluindo geodatabases, o que pode ter facilitado a colaboração e a troca de informações entre diferentes softwares e sistemas.
A interoperabilidade é um aspecto crucial quando se trata de trabalhar com dados geoespaciais, e a capacidade do QGIS de exportar para bancos de dados geodatabase pode ter simplificado os processos de integração e compartilhamento de dados entre diferentes plataformas. Isso pode ser particularmente benéfico quando há a necessidade de colaboração entre diferentes organizações ou quando há uma variedade de ferramentas sendo utilizadas em um ambiente de trabalho.
Além disso, a natureza de código aberto do QGIS pode ter contribuído para uma maior flexibilidade e adaptação às necessidades específicas da sua empresa, sem depender exclusivamente de softwares particulares.
Se houve uma mudança significativa na forma como a sua empresa lida com dados geoespaciais devido à adoção do QGIS, isso é um testemunho da importância da escolha de ferramentas que ofereçam interoperabilidade e atendam às necessidades específicas do usuário.
A ferramenta QGIS (Quantum GIS) impactatou positivamente a maneira como a sua empresa lida com a produção e gerenciamento de dados geoespaciais. O QGIS é um Sistema de Informação Geográfica (SIG) de código aberto, o que significa que oferece uma alternativa acessível e flexível para a análise espacial e visualização de dados geográficos.
Alguns possíveis impactos na sua forma de trabalhar com a introdução do QGIS podem incluir:
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Integração de Dados Geoespaciais: O QGIS permite a integração de dados geoespaciais de diversas fontes, facilitando a visualização e análise de informações geográficas em um único ambiente.
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Colaboração: Ferramentas de código aberto muitas vezes promovem a colaboração entre usuários, permitindo que diferentes membros da equipe trabalhem em conjunto, compartilhando e editando dados espaciais.
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Custo: O QGIS sendo uma ferramenta de código aberto, pode reduzir os custos associados a licenças de software. Isso pode ser especialmente benéfico em comparação com soluções proprietárias.
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Comunidade: O QGIS tem uma comunidade ativa que oferece suporte, atualizações regulares e desenvolvimento contínuo da ferramenta. Isso pode garantir que a sua empresa esteja utilizando uma ferramenta atualizada e que atenda às necessidades em constante evolução.
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Flexibilidade: O QGIS é conhecido por sua flexibilidade e capacidade de lidar com uma variedade de formatos de dados. Isso pode ser útil ao trabalhar com diferentes tipos de dados geoespaciais.
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Capacidade de Análise Espacial: O QGIS oferece uma ampla gama de ferramentas de análise espacial, permitindo que a sua empresa realize análises complexas e tomadas de decisão informadas com base em dados geográficos.
É importante notar que a adoção de novas ferramentas pode exigir treinamento e adaptação por parte da equipe. Se a introdução do QGIS alterou significativamente a forma como a sua empresa trabalha, pode ser útil realizar treinamentos para garantir que todos os membros da equipe estejam familiarizados e tirem o máximo proveito dessa ferramenta.
Comentário:
É fascinante observar a evolução da nossa empresa ao longo do tempo e como ela se adaptou a diferentes setores, desde a automação de siderurgias até projetos de saneamento. A criação de normas para o gerenciamento de desenhos técnicos e a introdução do QGIS mostram um compromisso com a eficiência, padronização e adaptação às novas tecnologias.
Ao desenvolver normas para apresentação de cadastros técnicos via CAD, vocês buscam não apenas a eficiência interna, mas também a interoperabilidade e a facilidade de colaboração com outras empresas. A escolha de soluções híbridas e a adoção de padrões internacionais, como a norma ISO 13657, refletem uma abordagem abrangente e alinhada com as melhores práticas globais.
A transição para o QGIS parece ter proporcionado uma maior flexibilidade no trabalho com dados geoespaciais, promovendo a interoperabilidade e a colaboração efetiva. A decisão de criar normas específicas, como o LMGR, DARQ e VDWG, revela uma abordagem proativa para garantir a consistência e a qualidade nos projetos.
Em resumo, a história da nossa empresa destaca não apenas a capacidade de adaptação às mudanças no ambiente de negócios, mas também um comprometimento com a excelência operacional, a padronização e a incorporação de tecnologias inovadoras para otimizar processos e oferecer serviços de alta qualidade.